Kiss The Bride - Capítulo 00- Prólogo
— Se você herdar a família ducal, também precisará de um herdeiro, então seria bom aproveitar esta oportunidade para se casar.
Javier apenas respondeu olhando para ele com olhos finos para o advogado que sorriu servilmente como se fosse lisonjeiro. Depois de pensar nisso no carro, o sentimento de desprazer voltou à tona, mas não havia um jeito específico. A regra do testamento era clara. O título e todo o legado serão herdados por Javier. Se apenas uma condição for atendida.
— Você é como um guaxinim velho, tentando me estrangular até a morte.
Javier cerrou os dentes suavemente. Seu pai, o duque anterior, não se dava muito bem com Javier.
No entanto, seu orgulho pela família era muito forte e parecia que ele não seria capaz de perdoar a perda da linhagem familiar mesmo depois da morte. Não importava se o único herdeiro faria os tablóides com seus escândalos auto- indulgentes, ou se ele era um solteirão e jurou nunca se casar com ninguém pelo resto de sua vida, não importava.
Tomando como refém tudo no mundo que foi forçado a deixar para trás, ele apresentou a prisão do casamento ao seu herdeiro. Isso também, faltando apenas três meses de carência.
Javier esfregou a testa franzida com as pontas dos dedos longos. Ele reprimiu a vontade de sair na rua e pedir alguém em casamento. Seu cérebro naturalmente frio suprimiu facilmente suas emoções e ordenou que ele se movesse o mais racionalmente possível.
O que ele precisava agora era de um parceiro legal que pudesse facilmente tolerar sua vida destemperada e aproveitar sua própria vida. Ele precisa de um parceiro que não seja amante nem amigo, mas alguém que aceite o que ele quiser lhe der e não pedir mais nada, apenas um parceiro feito de contrato. Existe alguém que siga os cálculos tão minuciosamente?
Foi quando ele olhou pela janela do carro entre os dedos apoiados na testa em frustração. Ao sinal, o sedã preto parou de se mover e as figuras de transeuntes vagarosos surgiram.
A princípio, Javier não o reconheceu. Vários anos já se passaram e era uma existência que já havia sido apagada de sua memória. Em vez disso, foi um milagre tê-lo reconhecido mesmo tarde do dia, Javier, que seguia o rosto lateral de um homem asiático caminhando descuidadamente por entre os poucos transeuntes, soltou uma exclamação baixa tardiamente.
O rosto jovem que ficou em sua memória sobrepôs-se ao perfil do homem adulto. Ao mesmo tempo, o sinal mudou e o sedã andou para a frente. Em um instante, Javier o perdeu de vista. Olhando para trás sem perceber, mas ele já tinha ido embora.
— Sr. Duque, o que está fazendo? — O motorista, que notou tardiamente os movimentos de Javier, olhou para ele pelo espelho retrovisor e perguntou. Javier, que virou a cabeça e olhou para a paisagem distante por um tempo, não teve escolha a não ser endireitar a postura e disse:
— Conheço aquele homem. Ele era…
‘Qual era o nome, mesmo …..’ Javier ponderou novamente. Ele fechou os olhos e remexeu por um longo tempo antes de finalmente abrir a boca.
— Jaewon.
O motorista, incomodado com a voz baixa, inadvertidamente olhou para trás, mas não demorou muito para perceber a perigosa atitude que havia tomado. Ele apressadamente olhou para frente novamente, esperando pelas próximas palavras de Javier, Javier só então sorriu levemente e murmurou como se quisesse confirmar.
— Sim, é dele que eu preciso. — ‘esse é o cara,’ Javier pensou. Ele disse que era a combinação perfeita para as condições que procurava.